Tânia Juste | Fotografia: perfil do Facebook.
Tânia Juste é de Barcelona. Formou-se em História da Arte e desses estudos vem o título de seu último romance, Amor pela arte. mas eles também são A flor da pele, os anos roubados, O hospital dos pobres o Tempo para a família. Muito obrigado pelo tempo e gentileza dedicados a este Entrevista, que hoje nos concede, onde fala desse amor pela arte e muitos outros temas.
TÀNIA JUSTE — ENTREVISTA
- LITERATURA ATUAL: Seu último romance é Amor pela arte. Como foi e de onde surgiu a ideia?
TÀNIA JUSTE: Essa é minha sexto romance e tenho a honra de ter leitores muito fiéis com os quais aos poucos crescemos e formamos uma comunidade. Amor pela arte Surge de uma grande questão que começou a crescer dentro de mim assim que terminei a licenciatura em História da Arte. Há alguns anos me dedicava ao estudo dos movimentos artísticos, anos em que descobri grandes artistas de todos os tempos, e aos poucos fui percebendo que todos eles, os que apareciam nos índices dos livros que nos eram prescritos, eram homens. Então surgiu aquela grande dúvida: Onde estavam as mulheres artistas na história da arte? No romance que escrevi, as protagonistas são elas, as mulheres artistas e as que amaram e viveram da arte. É uma demanda pela visibilidade da mulher na arte.
- AL: Você consegue se lembrar de alguma de suas primeiras leituras? E a primeira história que você escreveu?
TJ: Lembro-me de uma das primeiras leituras para adultos que mais me impressionou foi O retrato de Dorian Gray, por Oscar Wilde. Foi um daqueles momentos em que percebi até onde a beleza na arte pode te levar.
Escrevo histórias desde criança. histórias que nunca me passou pela cabeça publicar e tentar histórias juvenis. O primeiro que achei bom e resolvi publicar foi o romance A flor da pele, no momento em catalão.
- AL: Um redator principal? Você pode escolher mais de um e de todas as épocas.
TJ: Mercê Rodoreda, Montserrat Roig, Carmem A floresta, Irene nemirovsky, Thomas Mann, Stefan ramo… Poderia continuar com mais alguns do passado e outros contemporâneos, mas a lista não acabaria.
- AL: Que personagem em um livro você gostaria de conhecer e criar?
TJ: Emmapor Jane Austen.
- AL: Algum hábito ou hábito especial quando se trata de escrever ou ler?
TJ: O Música. Não gosto de silêncio absoluto (ou barulho), então sempre escrevo com música (clássica, jazz…). Uma trilha sonora que estou fazendo e que me acompanha na escrita de cada livro.
- AL: Qual é o seu local e hora preferidos para o fazer?
TJ: Eu escrevo em Meu estudo e também em Bibliotecas, arquivos e lugares que tenho que ir para me documentar.
- AL: Existem outros gêneros que você gosta?
TJ: eu gosto de ler de tudo e de todos os tempos, e não descarto tentar outros gêneros e registros em um futuro não muito distante.
- AL: O que você está lendo agora? E escrever?
TJ: três livros de uma vez, para todo sempre. UMA biografia de Mercè Rodoreda (maravilhosamente escrito e documentado por Mercè Ibarz), uma compilação de artigos dos grandes Norah ephron (não me lembro de nada) e eu apenas comecei história de uma trança por Ana Tyler.
- AL: Como você acha que é o cenário editorial e o que fez com que você tentasse publicar?
TJ: Tenho sorte de tê-lo. apoio de grandes editoras, tanto em catalão quanto em espanhol, assim como meu agentes literários. Mulheres com quem formamos uma equipa e partilhamos grandes cumplicidades. Publicar foi uma decisão que levei anos para tomar e da qual não me arrependo. Toda forma de arte é um diálogo e me sinto muito bem apoiado por todos os meus leitores.
- AL: O momento de crise que estamos vivenciando está sendo difícil para você ou você pode guardar algo positivo para histórias futuras?
TJ: A vida é feita de grandes momentos e outros infinitamente mais tristes. Aprendemos com todos eles e isso nos ajuda a entender um pouco melhor o mundo e, principalmente, a nos entendermos. Toda experiência vital é material artístico.
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