Iolanda Fidalgo. Entrevista com o autor de As Fogueiras do Céu

Fotografia: Yolanda Fidalgo, site da IMC Literary Agency.

Iolanda Fidalgo nasceu em Zamora em 1970 e estudou Turismo Empresarial na Universidade de Salamanca, mas a sua paixão sempre foi a literatura. Começou com o poesia até que decidiu dar o salto para a prosa e estreou com além dos vulcões. E o segundo é as fogueiras do céu. Nesta Entrevista Ele nos conta sobre todos eles e muito mais. Eu realmente aprecio seu tempo e gentileza em me servir.

Iolanda Fidalgo - Entrevista

  • ACTUALIDAD LITERATURA: Seu último romance é as fogueiras do céu. O que você nos fala sobre isso e de onde surgiu a ideia?

Yolanda Fidalgo: Quando criança, você ainda podia ver as estrelas de Zamora, a cidade onde cresci. Lembro-me de meu pai apontando para o constelações, me contando sobre o gigante Órion, a carruagem das Plêiades, o cometa de Halley que cruzou nossos céus no ano 86. adorei essas historias, fizeram-me sonhar, foram o início do meu interesse pela astronomia. Mas o romance surgiu da biografia de um homem: Milton Humason, o tropeiro das estrelas. Fascinava-me que uma pessoa como ele, sem formação académica, pudesse tornar-se um dos astrônomos mais importantes do início do século XX por seus próprios méritos. Começou como tropeiro nas montanhas, com as cordas de mulas que levavam as peças do telescópio até o topo, já que não havia estradas. Ele acabou estudando o céu com o maior telescópio do mundo até então.  

Mas isso é apenas o palco. As fogueiras é uma história de paixão, de superação, de luta pelo que se quer, de intriga. De amor.

  • AL: Você consegue se lembrar de alguma de suas primeiras leituras? E a primeira história que você escreveu?

FA: É engraçado, mas não me lembro quais foram as minhas primeiras leituras. O que me lembro é que li tudo que caiu em minhas mãos desde muito jovem, inclusive os números do Readers Digest que voltava para casa todos os meses. Passei muito tempo lendo. gostei das historias Os cinco, as de Elena Fortun com a sua Celia, e muitos outros. Houve livros que me marcaram: o Contos por Edgar Allan Poe, O Pequeno Príncipe, os poemas de Neruda ou de Emilly Dickinson.

E também não me lembro da primeira história que escrevi. No começo eu escrevi poesia. Quando adolescente, escrevi algumas contos e diários também, como muitas pessoas. Houve um tempo em que desisti: quando meus filhos eram pequenos. Mais tarde, recuperei meu hobby, tive vontade de experimentar romances, e foi assim que surgiu além dos vulcões, que venceu o IV Prêmio Internacional de Narrativa Marta de Mont Marçal, e esse foi meu salto para a publicação.

  • AL: Um redator principal? Você pode escolher mais de um e de todas as épocas. 

FA: É difícil para mim escolher. Eu gosto de muitos e muito variados. Um que me marcou muito e cuja obra li em tradução é Charles Diabo. Outra é Carmem Martin Gaite. Ou Joyce Carol Oates.

  • AL: Que personagem em um livro você gostaria de conhecer e criar? 

FA: Quando criança eu sempre quis ser assim Pippi Longstocking. Tínhamos coisas em comum, mas não liberdade. Eu não me importaria de tomar chá com Sherlock Holmes, ou assistir a uma dança com o senhor Darcy. Ou caminhe pelas charnecas inglesas com Heathcliff, ou construir um abrigo ao lado Ayla e Jondalar. E assim poderia continuar ad infinitum.

  • AL: Algum hábito ou hábito especial quando se trata de escrever ou ler? 

FA: Eu não posso, eu tenho filhos, heh, heh. E, nesse sentido, aprecia-se que estejam envelhecendo (embora, ao mesmo tempo, seja uma pena deixar a infância para trás).

  • AL: Qual é o seu local e hora preferidos para o fazer? 

FA: Geralmente é um pouco antes do jantar, no final da tarde. Quando todos em casa estão em seus lugares e há um pouco de silêncio.

  • AL: Existem outros gêneros que você gosta?

FA: Tem algum que eu não goste? A verdade, costumo ler menos fantasia, por exemplo. Mas não porque eu não goste.

  • O que você está lendo agora? E escrever?

FA: Acabo de ler o ingratode Pedro Simon, que eu gostei muito. agora estou com A besta, que é leitura obrigatória. Então eu vou começar com Todos os belos cavalosCormac's McCarthy.

Sou escrevendo meu quarto romance (O terceiro já está pronto, aguardando a data de sua publicação). Uma história sobre intriga ambientada no século XNUMX que ocorre em parte Serra de la Culebra, em Zamora, a bela região onde meus pais nasceram.

  • AL: Como você acha que é o cenário editorial e o que fez com que você tentasse publicar?

FA: Complicado, mesmo para quem publica com uma editora tradicional. Muitos livros são publicados, tantos que é muito difícil para o leitor notar o seu, escolher você se você não for um dos conhecidos. Mas escrevo porque gosto, porque gosto de fazê-lo. O que vem a seguir é bem-vindo. No meu caso, como já referi, submeti o meu primeiro romance ao IV Prémio Internacional de Narrativa Marta de Mont Marçal, ganhei-o e isso abriu-me as portas à publicação. Graças a uma editora, a Roca, que aposta sem medo em novos escritores, muitos deles mulheres.

  • AL: O momento de crise que estamos vivenciando está sendo difícil para você ou você pode guardar algo positivo para histórias futuras?

FA: Curiosamente, esta é a pergunta que mais acho difícil responder. Porque para mim a pandemia não significou o mesmo que para outras pessoas. Em 2019 fui diagnosticado Cancro de Mama e eu estava em tratamento, que durou apenas até o estado de alarme ser decretado. Isso significava passar o ano de 2020 dando obrigado por estar vivo, por poder curtir minha família, por acordar todas as manhãs. Assim que Não sou objetivo com isso, agradeço todos os dias, não me importo se tenho que ficar de quarentena ou com máscara, porque o importante é ficar aqui. Sim, o covid me assusta. Como todos. mas euEu tento aproveitar as coisas boas que a vida me dá: a minha família, o sol no inverno, as árvores nas margens do Douro, os livros… E tantas coisas pequenas mas importantes.


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