O mal de Corcira é um romance do proeminente escritor espanhol Lorenzo Silva. Lançado em junho de 2020, é a última parcela da aclamada série Bevilacqua e Chamorro. Mais uma vez, como de costume, o autor publica depois de dois anos um novo capítulo da série iniciada em 1998. Como os anteriores, trata-se de uma trama do gênero policial.
Silva confessou que sempre quis contar essa história, que é uma dívida que finalmente saldou com seus leitores. Depois de publicar seu trabalho, ele afirmou: “O resultado é a entrega mais extensa e talvez a mais complexa da série”. Nela, além de solucionar um crime, podemos conhecer mais sobre a juventude do protagonista e suas experiências como agente antiterrorista.
Resumo O mal de Corcira
Novo caso
Os agentes Rubén Bevilacqua —Vila— e Virginia Chamorro encontram-se após a captura de alguns criminosos. Durante aquela noite, o brigadista é ferido e encaminhado para o hospital. Enquanto se recuperava, Vila recebe um telefonema do Tenente General Pereira, que lhe atribui um novo caso. Em uma praia em Formentera, um homem morto apareceu, sem roupa e cruelmente ferido.
Primeiros sinais
Depois de entrevistar várias testemunhas na área, concluir inicialmente que pode ser um crime passional. Isso porque muitos afirmaram ter visto a vítima na companhia de outros jovens em locais amistosos em Ibiza. Além disso, ele havia combinado de se encontrar com um homem naquela noite na costa. Mas, toda essa conjectura muda quando eles conseguem descobrir a identidade do falecido.
É o basco Igor López Etxebarri, ex-integrante da banda ETA, que passou muito tempo preso em Madrid. Devido a este pano de fundo, o alto comando atribui a Vila a investigação do homicídio. Para fazer isso, ele deve viajar para Guipúzcoa, província onde López Etxebarri viveu regularmente, um lugar que o alferes conhece perfeitamente há décadas.
Histórias paralelas
Durante as investigações, ele passa por vários capítulos da vida —Pessoal e trabalho— do falecido, a fim de esclarecer o assassinato. Ao mesmo tempo, Vila lembra seus primórdios no quartel Intxaurrondo, quando ele lutou contra o terrorismo. O agente faz uma viagem no tempo ao relembrar toda a preparação que recebeu para as operações e os momentos difíceis da ação.
É assim que a história se desenrola, entre as experiências passadas e presentes do intrépido protagonista. Vários gráficos são descritos, entre elas, os tempos difíceis na Espanha devido aos ataques da ETA, e como Vila, com apenas 26 anos, conseguiu enfrentá-los com ferocidade. Ao mesmo tempo, o brigadista resolve o misterioso caso que lhe foi atribuído.
Análise de O mal de Corcira
Detalhes básicos do trabalho
O mal de Corcira é um romance de 540 páginas, dividido em 30 capítulos e um epílogo. O enredo se passa em dois locais: primeiro na ilha espanhola de Ibiza, Formentera, e depois se muda para Guipúzcoa. A história é contada na primeira pessoa por seu protagonista, com descrições detalhadas e precisas.
Personagens
Ruben Bevilacqua (Vila)
Ele é o personagem principal da série, um homem de 54 anos formado em psicologia, que ele trabalha como segundo-tenente na Guarda Civil. Ele pertence à Unidade Operacional Central, um grupo de elite para solucionar crimes. Ele é um agente perspicaz, observador e tenaz, que não perde os detalhes.
Igor Lopez Etxebarri
Ele é vítima do caso atribuído à Vila, este homem vem do País Basco e Foi colaborador do grupo ETA. Devido às suas ações, foi detido durante 10 anos nas cadeias de Francia e Alcalá Meco, em Madrid. Devido à rejeição de seus colegas, ele escondeu sua orientação sexual por muitos anos.
Outros personagens
Nesta edição, Vila terá como companheiro Álamo —um agente insolente e temerário—, já que seu companheiro policial está em repouso. Embora Chamorro não esteja em plena atividade, Vila sempre manterá comunicação telefônica com ela. Outra participação de destaque é a do Brigadista Ruano, excelente profissional e com muita criatividade.
curiosidades de O mal de Corcira
Preparação do autor
Silva tinha essa história em mente desde o início da saga nos anos 90.. Por isso, durante décadas realizou uma árdua investigação sobre o terrorismo. É um assunto difícil de resolver, uma vez que o grupo terrorista ETA causou muitos danos à população e à Guarda Civil. Assim que a banda for desmontada, o autor conseguiu coletar depoimentos de agentes e civis sobreviventes daquela época.
Em uma entrevista com XL Weekly, Silva expressou: “Até o ETA ser derrotado, a Guarda Civil não divulgou uma promessa. Nem mesmo eu. E agora me contaram tudo com grande generosidade ”. O autor dedicou dez capítulos do livro a esse delicado assunto, usando as experiências do agente Bevilacqua, sua luta policial antiterrorista e seu triunfo.
Opiniões sobre O mal de Corcira
Desde o seu lançamento em 2020, O mal de Corcira foi bem recebido pelos leitores, que aguardavam ansiosamente outra aventura dos agentes Bevilacqua e Chamorra. Na web se destaca com mais de 77% de aceitação, além de centenas de opiniões positivas. Na plataforma Amazon Ele tem 1.591 avaliações, das quais 53% deram 5 estrelas e 9% deram 3 ou menos.
Sobre o autor, Lorenzo Silva
Lourenço Manuel Silva Amador Ele nasceu na terça-feira, 7 de junho de 1966, na maternidade do hospital militar Gómez Ulla, localizado na cidade de Madrid (entre o distrito de Latina e Carabanchel). Durante seus primeiros anos, ele morava em Cuatro Vientos, perto de sua cidade natal. Mais tarde, ele morou em outras cidades de Madrid, como Getafe.
Formou-se advogado pela Universidade Complutense de Madrid e trabalhou por 10 anos (1992-2002) no grupo empresarial espanhol Union Fenosa. Em 1980 ele começou a flertar com a literatura, escreveu diversos contos, ensaios, livros de poesia, entre outros. Em 1995, ele apresentou seu primeiro romance: Novembro sem violetas, seguido um ano depois por A substância interna (1996).
Em 1997 o Trilogia nostalgia com: A fraqueza do bolchevique, narrativa que foi adaptada para o cinema em 2003 com guião do autor em colaboração com Manuel Martin Cuenca. Em 2000 ele apresentou uma de suas obras mais marcantes: O alquimista impaciente, segunda parcela da série Bevilacqua e Chamorro. Este romance recebeu o prêmio Nadal no mesmo ano.
Em 2012, publicado marca Meridian -saga Bevilacqua e Chamorro—, narrativa que ganhou o prêmio Planeta (2012). Esta série de sucesso já teve dez livros, o último deles é O mal de Corcira (2020). Com ele, o autor construiu uma carreira literária robusta, com mais de 30 romances traduzidos para uma dúzia de idiomas, e com o qual atingiu milhões de leitores.