Lola Fernandez Pazos. Entrevista

Conversamos com Lola Fernández Pazos sobre seu último romance.

Fotografia: Lola Fernández Pazos, de (c) Alberto Carrasco. Cortesia do autor.

Lola Fernandez Pazos Ela é de Madrid com raízes galegas e andaluzas. Formada em Jornalismo e com longa carreira na mídia, apresentou seu primeiro romance em maio, O Paço de Lourizã, fortemente influenciado por seu gosto pela era vitoriana na literatura. Nesta Entrevista Ele nos fala sobre isso e muitos outros tópicos. Eu realmente aprecio sua gentileza e tempo gasto.

Lola Fernandez Pazos — Entrevista

  • ACTUALIDAD LITERATURA: Seu último romance publicado é O Paço de Lourizã. O que você nos fala sobre isso e de onde surgiu a ideia?

LOLA FERNÁNDEZ PAZOS: Este é um história típica da saga familiar, em que uma poderosa linhagem esconde uma série de charadas em torno de uma casa de campo que não será revelada até o fim. Ao longo da obra, o leitor terá que juntar as peças aos poucos, como se fosse um quebra-cabeça, para descobrir a verdade. Chegará um momento, inclusive, que ele conhecerá mais de uma das protagonistas, mas mesmo assim continuará com ela, não a abandonará à sua sorte, para entender todo o sentido do romance.

Além disso, o livro tem todos os ingredientes desse gênero: uma história de amor entre diferentes classes sociais, um belo palácio onde residem os Carballos, uma família de pescadores industriais do Rias Baixas e um episódio bélico que, junto com o avanço do progresso, perturbará a vida e a fortuna da família.

A ideia vem da minha própria família, pois é uma história que aconteceu há muitos anos em torno de meus ancestrais e me foi contada para que, por sua vez, eu a escrevesse algum dia. Então sim, é sobre eventos reais, o que realmente aconteceu em Marin, uma pequena vila de pescadores perto de Pontevedra.

  • AL: Você consegue se lembrar de alguma de suas primeiras leituras? E a primeira história que você escreveu?

LFP: A primeira leitura que me lembro é O caminho, de Imagem de marcador de posição de Miguel Delibes. Parecia tão simples e ao mesmo tempo tão bonito que sempre quis escrever algo assim. Um romance que podia ser lido e deslumbrou tanto um pré-adolescente quanto um adulto. o primeira história Eu escrevi, se não falarmos das histórias de animais que esbocei quando tinha 5 ou 6 anos, foi Amor na época do Tinder.

Mais do que um romance, é um ensaio. Nele eu imagino Jane Austen retorna do século XNUMX ao XNUMX e descobre que o namoro entre seres humanos não ocorre mais em danças, mas em um aplicativo chamado Tinder. A partir daí e por meio de histórias retiradas de seus trabalhos mais emblemáticos, Austen aconselhará os usuários do Tinder, homens e mulheres, como devem se comportar para não cometer erros.

  • AL: Um redator principal? Você pode escolher mais de um e de todas as épocas.

LFP: Para mim, meu principal escritor sempre será o famoso Javier Marías. Graças ao seu trabalho, que conheço de cor, comecei a refletir sobre a página em branco. Não se trata apenas de contar, mas de observar e meditar por que os personagens agem desta ou de outra forma. ele era o tal incutiu em mim um amor pelos clássicos britânicos, Shakespeare, Jane Austen, mas especialmente o vitorianos, as irmãs bronte, Thomas Hardy, Henry JamesCharles Diabo, Elizabete Gaskel, para citar apenas alguns. Graças a essa influência, matriculei-me em Estudos Ingleses, depois de terminar Jornalismo.

  • AL: Que personagem em um livro você gostaria de conhecer e criar?

LFP: Como homem, sem dúvida, Sr. Darcyde Orgulho e Preconceito. Como uma mulher, Jane Eyre, da peça homônima de Charlotte Brönte. Parecem-me perfeitos. Darcy faz a melhor declaração de amor que uma mulher pode receber, e Jane Eyre faz o mesmo. Ambos são tão reais, que acho que Austen escreveu aquele trecho imaginando o que ela gostaria de receber e Brönte, o que ela gostaria de fazer.

  • AL: Algum hábito ou hábito especial quando se trata de escrever ou ler?

L.P.: Nada. A verdade. eu não sou maníaco.

  • AL: Qual é o seu local e hora preferidos para o fazer?

LFP: Escrevo no meu secretária e costumo ler antes de dormir, sempre meio deitada.

  • AL: Existem outros gêneros que você gosta?

LFP: Sim, eu amo romances sociais, como Maria Barton, de Elizabeth Gaskell, mas também o gênero policial, como Joël dicker.

  • AL: O que você está lendo agora? E escrever?

LFP: Estou com meu segundo romance, que é uma mistura de Dicker, Mary Barton com toques de reflexos no mais puro estilo Marías (guarde a diferença). Eu chamaria de "thriller social", mas também tem muita auto-ficção. Agora que o meu escritor de referência, Marías, me deixou, quis prestar-lhe uma homenagem especial. Jamais pensaria que ele partiria tão cedo e isso me deixou não apenas triste, mas também órfã de professores. Foi um momento catastrófico para minhas referências contemporâneas, que também eram jovens demais para sair: Almudena Grandes, Domingo Villar. Sério, não sei quem vou ler agora.

  • AL: Como você acha que é a cena editorial?

LFP: Acho que existem livros bastante interessantes, mas outros que parecem pré-fabricados no sentido de que o autor sabe o que funciona e o expressa, sem deixar nenhum palpite ou sentimento em suas páginas, e noto isso demais. Gosto de livros com alma, esse impacto. E algo que me deixa um pouco triste é que as editoras apostam mais em rostos famosos do que em canetas interessantes, mas estamos em uma competição terrível e as empresas não vivem do nada. Eu entendi aquilo.

  • AL: O momento de crise que estamos vivenciando está sendo difícil para você ou você pode guardar algo positivo para histórias futuras?

LFP: Todas as crises são positivas se uma delas acaba por sair. O romance em que estou agora fala sobre os novos sentimentos humanos que esse novo ambiente despertou. Então eu estava trabalhando para uma agência diretora de Comunicação e vi como a falta de trabalho levava a um salvamento. Ninguém se importava em falar mal do vizinho, ou da partida de um colega, o importante era ficar. E isso tem sido positivo porque, ao vivenciá-lo, é mais fácil para mim contar e meditar sobre isso. 


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  1.   Roberto Escobar Sauceda dito

    Achei muito interessante, ela é uma escritora muito talentosa e concordo com ela, as editoras, continuando a fazer o seu negócio, deveriam dar um espaço para os novatos e deixar um pouco para os famosos.