Luis Mandorran Ele é natural de Calahorra, La Rioja, e começou a escrever ainda criança, época em que ganhou diversos prêmios. Mais tarde, numa longa viagem pela Austrália, decidiu dedicar-se seriamente à escrita e foi lá que criou Arthur Baker, personagem deste primeiro romance fantástico, Arthur Baker e o Portão do Dragão, o que o colocou no cenário literário. Nesta Entrevista Ele nos conta sobre ela e muitos outros assuntos. Agradeço seu tempo e gentileza.
Luis Mandorrán – Entrevista
- LITERATURA ATUAL: Seu romance é intitulado Arthur Baker e o Portão do Dragão. O que você nos conta sobre isso e de onde veio sua inspiração?
LUIS MANDORRÁN: Cconta a história de Um menino de 12 anos que mora em Edimburgo e de repente se vê preso em um mundo completamente estranho, governado por cavaleiros e cheio de criaturas mitológicas e magia.. Lá ele descobre coisas desconhecidas sobre seu passado, enquanto tenta desvendar um terrível mistério que ameaça este mundo mágico.
Através de personagens com os quais é fácil se identificar, a história oferece uma Aventura que é tanto uma jornada externa através de um reino desconhecido quanto uma jornada interna para o autoconhecimento e auto-aceitação. Além disso, o romance aborda um enredo de mistério que mantém os leitores na ponta da cadeira, combinando elementos de expectativa y fantasia. Isto, juntamente com a exploração de temas como amizade, coragem e pelo Destino, torna-se uma leitura muito interessante não só para os jovens, mas para qualquer amante de boas histórias.
Há muito tempo que estava na minha cabeça escrever um história de fantasia juvenil onde o mistério era um elemento capital. A primeira versão aconteceu na Era Viking, com um grupo de jovens que interagia com seres e objetos mitológicos escandinavos. Mas foi durante um verão em turnê pelas Terras Altas da Escócia com minha esposa que me apaixonei por aquele país e decidi que o romance teria muito a ver com Escócia e sua mitologia. Conecte tudo isso com o lendas arturianas Foi algo muito orgânico e que deu sentido a toda a história.
Primeiras leituras
- AL: Você consegue se lembrar de alguma de suas primeiras leituras? E a primeira coisa que você escreveu?
LM: Eu leio desde que me lembro. Lembro que meus primeiros livros foram os da coleção El Barco de Vapor: Vania, o homem forte, The Pirate Tick, Frei Perico e seu burro… Esses pequenos romances me acompanharam durante a minha infância e depois me levaram a outros que me influenciaram enormemente: momo, A história Interminável, Um mago de Terramar, O Hobbit. Pode-se dizer que estes últimos são os romances de fantasia determinantes na minha formação como leitor e escritor.
Não me lembro exatamente da primeira coisa que escrevi. Eu costumava criar principalmente pequenas histórias de fantasia, com duas ou três páginas. Quando adolescente, ganhei alguns prêmios por histórias de terror e ficção científica: Contra, A voz do túmulo. Eu escrevi um romance de mistério, Longe da Califórnia, mas no momento está guardado em uma gaveta, pois precisa de uma revisão séria.
Autores e personagens
- AL: Um autor líder? Você pode escolher mais de um e de todos os períodos.
LM: Meu autor principal é Stephen King. Tenho praticamente todos os seus livros e também li quase todos, alguns mais de uma vez. Poucos autores são capazes de refletir o cotidiano e o terrível de forma tão verdadeira quanto ele. A construção que consegue dos seus personagens é tão credível que parecem reais.
Quanto aos autores de fantasia e ficção científica, há três que destaco desde já acima dos restantes: Ursula K. Le Guin, uma autora pela qual me apaixono pela sua capacidade de escrever histórias muito bonitas e, ao mesmo tempo, com um profundo fardo moral e psicológico. Sua escrita é simplesmente maravilhosa. Jay Kristoff, um autor australiano de fantasia que descobri com sua trilogia Crônicas da Noite Nunca. Sua escrita é nova e ágil, e suas reviravoltas no roteiro são surpreendentes. Não me canso de recomendá-lo.
E, finalmente, Brandon Sanderson, um escritor com uma capacidade de criação incrível, tanto ao nível dos enredos como da escrita. Raro é o ano em que dois ou três de seus romances não saem. Ele criou o Cosmere, universo que une a maior parte de seus romances. Sua capacidade de criar mundos consistentes e verossímeis é incrível.
- AL: Que personagem você gostaria de conhecer e criar?
LM: Eu adoraria criar Drácula. Adoro vampiros (há alguns em meu romance) e adoro o romance de Bram Stoker. Parece extremamente inovador para a época em que foi publicado.
Quanto a um personagem que eu gostaria de conhecer, adoraria passar uma tarde conversando com ele Gandalf, fumando cachimbo e bebendo cerveja no Prancing Pony Inn.
Costumes e gêneros
- AL: Algum hobby ou hábito especial quando se trata de escrever ou ler?
LM: Quando se trata de escrever e ler, a única coisa que preciso é acalmar e eliminar distrações. Costumo colocar meu telefone no modo silencioso (ou deixá-lo em outro cômodo) e não ouvir música ou qualquer outro ruído de fundo, apenas virar as páginas (quando leio) e digitar no computador (quando escrevo) .
- AL: Qual é o seu local e hora preferidos para o fazer?
LM: Não há um lugar específico. Com o pouco tempo que tenho, Qualquer site É bom para escrever. Eu preferia ir à noite, quando tudo é mais tranquilo, mas, com minha filha de dois anos, tive que mudar meus hábitos.
- AL: Que outros gêneros você gosta?
LM: Gosto de terror, ficção científica e suspense. Como disse, adoro Stephen King, mas também Dan Simmons, Connie Willis (na ficção científica) ou John Connolly ou Jo Nesbo (em romance policial). Tento ler tudo, não apenas romances de gênero.
Luis Mandorrán — Panorama atual
- AL: O que você está lendo agora? E escrever?
LM: Na fantasia estou lendo A grande caçada, o segundo livro da saga A Roda do Tempo, que estava pendente há décadas. Em suspense estou com Eclipse, último livro da saga Harry Hole, de Nesbo. E também estou lendo Shogun. Geralmente leio mais de um livro por vez.
- AL: Como você acha que é o cenário editorial?
LM: Infelizmente, acho que há uma supersaturação de publicações no mercado editorial. Não creio que seja positivo, pois muitas livrarias não conseguem nem expor todos os livros que saem, e há muitos títulos muito bons e de qualidade, muitos de pequenas editoras, que não alcançam o sucesso que merecem porque ninguém os nota. Os pequenos editores não têm grandes rendimentos para poderem fazer investimentos em publicidade.
- AL: Como você está lidando com o atual momento em que vivemos?
LM: Pessoalmente, estou muito feliz que meu romance tenha vindo à tona e pelas excelentes críticas que está recebendo. Se falarmos a nível global, Estou muito preocupado com a viragem para o extremismo. que nossa sociedade está vivenciando, o negação às alterações climáticas e a todos populismos que estão ganhando seguidores aos trancos e barrancos. Parece que o passado (não tão distante) foi esquecido pelas novas gerações.