Belén Junco Desenvolveu a sua carreira profissional no jornalismo e, mais concretamente, na conhecida revista OLÁ, referência da crônica social. Mas decidiu mergulhar no mundo literário e publicou dois romances: A rainha de Nairóbi y As três vidas da Duquesa de Grosvencer. Neste Entrevista Ele nos conta sobre ela e muitos outros assuntos. Agradeço muito pelo seu tempo e gentileza.
BELÉN JUNCO — Entrevista
- LITERATURA ATUAL: Seu último romance é intitulado As três vidas da Duquesa de Grosvencer. O que você nos conta sobre isso e de onde veio sua inspiração?
BELÉN JUNCO: É a história de um mujer —começa aos dezessete anos e termina aos quarenta da protagonista— de classe social elevada, de família estruturada e tranquila mas que, pelo relacionamento com aquele que considera "o amor da sua vida", vidas situações extremas e desafiadoras que mudam seus sonhos e futuro.
Violeta, a protagonista, é uma jovem de nobreza inglesa, sonhador mas com uma personalidade muito definida. Ela decide ter seu filho - uma gravidez e o abandono do namorado a surpreendem quase ao mesmo tempo - sem informar a ninguém o nome do pai e uma concatenação de situações especiais muda sua vida e seu futuro. Ela é uma jovem romântica, que procure amor em tudo que você faz, que surpreende, que escandaliza mas, acima de tudo, sabe o que quer. É a luta para defender uma decisão tomada quando era muito jovem e que marcará o resto da sua vida.
Mais histórias
É também a história de uma família, a sua, e como ela muda e se adapta às novas circunstâncias. Também o de um bela amizade entre duas mulheres de origens sociais muito diferentes, o de um amor adolescente que termina e é a busca por outro amor que a faça esquecer e viver a felicidade que sempre sonhou. É uma bela história de amor entre mãe e filha, de uma mulher apaixonada pela natureza e pela vida no campo, separada do meio social para o qual foi criada. Há muitas histórias em uma, embora possa ser resumida como a busca pela felicidade de um belo ser humano.
Como também acontece no meu primeiro romance, A rainha de Nairóbi, as histórias se sucedem buscando transmitir ambiente, estilo de vida, moda, decoração, música e tendências sociais. Procuro sempre fazer com que os personagens transmitam os ambientes em que passam a vida. e boa parte do desenvolvimento da história está impregnada da descrição dos costumes da época.
Belén Junco — Leituras e autores
- AL: Você consegue se lembrar de alguma de suas primeiras leituras? E a primeira coisa que você escreveu?
BJ: Bem, vivi tanto que não consigo me lembrar, mas sempre fui um fã de biografia. Desde a minha adolescência, são raros os verões que não li pelo menos duas biografias ficcionalizadas, quase sempre de rainhas, princesas ou mulheres que se destacaram pelo seu trabalho na sociedade. Da fascinante vida de Catarina de Aragão, da Rainha Isabel, a Católica, à vida agitada, incrível, despótica e sanguinária de Henry VIII, ou mesmo a biografia insuspeitada da imperatriz Sissi. Tudo isso e muito mais caíam todo verão. Com eles sempre vivi histórias fascinantes, reais e muito bem desenvolvidas.
A primeira coisa que escrevi foi legendas de fotos e manchetes para a revista Olá, empresa jornalística na qual me formei e me desenvolvi como profissional durante toda a minha vida. Desses primeiros parágrafos passei para entrevistas e colunas expondo notícias ou comentários sobre eventos e eventos sociais.
- AL: Um autor líder? Você pode escolher mais de um e de todos os períodos.
BJ: Não tenho um autor principal, Gosto de muitos e muito variados. O que faço sempre – e acho que é comum a todos os leitores – é que, se gostei de um livro, continuo com aquele autor, porque sou apaixonado pela forma de transmitir emoções. Se gosto de um livro, leio dois ou mais do mesmo escritor..
Personagens e costumes
- AL: Qual personagem você gostaria de conhecer e criar?
BJ: Eu adoraria conhecer a rainha. Isabel de Castela. Também para Madame Curie e mulheres excepcionais gostam deles. Teria muitas coisas para lhes perguntar, especialmente como encontraram coragem para enfrentar os obstáculos do seu tempo.
E teria gostado de criar algum dos protagonistas de tantos livros que me fascinaram e pelos quais admirei muito os seus autores.
- AL: Algum hábito ou hábito especial quando se trata de escrever ou ler?
BJ: Para começar a ler um livro preciso saber o que terei tempo para terminar. Adoro começar e terminar, se possível, em uma semana ou talvez menos. Se eu gostar, me torno uma mulher com vontade de ler.
E não escrever nenhum hobby especial, apenas meu fascínio por fazê-lo noite. Quando todos estão na cama, quando a lua e as estrelas brilham, meu engenho se aguça para criar situações, que no final são o que dá sal e pimenta às histórias, no meu caso, à ficção.
- AL: Qual é o seu local e hora preferidos para o fazer?
BJ: Sempre em mim tabela e na frente do computador, com meu cachorro Jara aos pés. Como disse antes, costumo escrever muito mais à noite e sem barulho em casa.
Belén Junco — panorama atual
- AL: Que outros gêneros você gosta?
BJ: Eu amo o romance policial, e a mistura de amor, espionagem e drama me fascina.
- AL: O que você está lendo agora? E escrever?
BJ: Agora terminei. Baumgartner, de Paul Auster; Um animal selvagem y O caso de Alaska Sanders, de Joel Dicker. Além disso, e claro, As filhas da empregada, de Sonsoles Onega, e As sete irmãs, por Lucinda Riley no verão passado, bem como Os últimos dias em Berlim y Suspeita da Sofia, de Paloma Sánchez Garnica.
- AL: Como você acha que é a cena editorial?
BJ: É fantástico por um lado e, por outro, tremendamente difícil. Fantástico porque se escreve cada vez mais e há, penso eu, um momento editorial muito saudável. E difícil certamente pela mesma razão. A oferta é tanta que tenho muita dificuldade em chegar aos leitores para aproximar as histórias que estão escritas no papel. Acho que há alguns muito bons que se perdem no limbo.
- AL: Como você está lidando com o momento atual em que vivemos?
BJ: É preciso vivê-lo com intensidade e entusiasmo. O tempo nunca volta e, embora haja momentos melhores e piores, adoro aproveitar tudo o que a VIDA significa. Acho que colocar o adjetivo “ÚNICO” em cada momento da nossa vida ajuda a dar importância a tudo o que fazemos.. Um dia nunca será igual ao outro, mas todos devemos alcançar algo que os torne especiais. Quando estou com minha família gosto de vivê-los intensamente, mas quando estou sozinho me encontro e aproveito aquela solidão fazendo o que gosto, que é sempre música, ler, escrever e pensar... e comer, ha, ha, ha!