Alícia Vallina. Entrevista com o autor de Hija del mar

Alicia Vallina, entrevista com a autora de Hija del mar

Alicia Vallina | Fotografia: perfil do Facebook

Alice Valline ele sabia sobre o que estava escrevendo quando em abril de 2021 publicou seu primeiro romance intitulado Filha do mar. E é que ela foi diretora técnica do Museu Naval de San Fernando-Cádiz e também escreveu muitos artigos em revistas nacionais e internacionais sobre Museus, História Espanhola, História Naval, Arte Contemporânea e Patrimônio Cultural. Muito obrigado pela sua atenção e tempo. dedicado à Nesta entrevista, o último do ano, onde nos fala deste romance e de muitos outros temas.

Alicia Vallina - Entrevista

  • ACTUALIDAD LITERATURA: Seu romance, filha do mar, conta-nos a história de Ana María de Soto. Quem era ela e como você a encontrou para escrever sobre ela?

ALÍCIA VALLINA: Filha del mar é história de uma mulher real, uma mulher de carne e osso nascida em uma pequena cidade do interior da Andaluzia, Aguilar de la Frontera (Córdoba) que, em 1793, nada mais e nada menos, decide romper com tudo e passar por um homem para se alistar na Marinha espanhola. claro que foi uma mulher única em seu tempo que tinha de se afirmar num mundo de homens, em que qualquer passo em falso lhe podia custar a vida. Uma mulher de enorme coragem e alto grau de inconsciência, que acho que merece ser lembrada. Mas não esqueçamos que é um romance e que há partes que não são reais, ou, pelo menos, que pudemos verificar. 

Por outro lado, eu sempre acredito que são as grandes histórias que acabam por nos encontrar. Eles nos são apresentados por acaso, embora devamos sempre manter os olhos bem abertos e a curiosidade suficiente para torná-los nossos. E foi assim que aconteceu com Filha do mar. Eu havia sido nomeado diretor técnico do Museu Naval de San Fernando, em Cádiz. Antes situava-se na Escuela de Suboficiales (ao lado do Panteão dos Fuzileiros Ilustres, também mencionado na novela).

Mulheres na Marinha

Fiquei especialmente surpreso que em todo o discurso do museu não havia nenhuma menção ou referência a mulheres queDe uma forma ou de outra, teria contribuído para forjar a história naval espanhola, ou mais especificamente do departamento marítimo de Cádiz, uma referência para o museu que iria dirigir. Foi por isso que me propus, num primeiro momento, e apenas do ponto de vista da investigação (já que nunca tinha escrito um romance e já escrevi muitos ensaios sobre museologia e património cultural e militar), dar a conhecer a história de uma mulher que teve papel relevante nesse sentido.

foi assim, consultando documentação da época e conversando com experientes velejadores, Encontrei uma personagem como Ana María de Soto y Alhama, o que me permitiu criar uma história emocionante com base nos dados que pude obter sobre sua vida.

  • AL: Você pode voltar ao primeiro livro que leu? E a primeira história que você escreveu?

ALICIA VALLINA: Não me lembro exatamente, mas possivelmente era um livro de aventura. Lembro-me com carinho especial de minhas leituras infantis do coleção de barco a vapor e as aventuras de Os cinco. Ou os livros em que você mesmo foi o protagonista de sua aventura e teve que tomar decisões arriscadas virando uma página ou outra do livro dependendo das escolhas que fez.

Sempre adorei histórias, principalmente as de Oscar Wilde como suas celebridades O Príncipe Feliz, O Rouxinol e a Rosa ou o gigante egoísta. Las primeiras histórias que escrevi eles eram exatamente isso, contos moralizantes em que a alma humana foi mostrada em situações excepcionais. Sempre me interessei pelos seres humanos, suas paixões, sentimentos, como ele encara seu ser no mundo e como ele assume seus medos e sua liberdade.

  • AL: Um redator principal? Você pode escolher mais de um e de todas as épocas. 

ALÍCIA VALLINA: Ana Maria Matute É uma das minhas paixões literárias desde a juventude. Uma mulher de uma criatividade tremenda, emotiva, possuidora de uma história linda e única. Também o grande Oscar Wilde, um gênio prisioneiro de seu tempo e da incompreensão com que a sociedade aniquila o diferente. E, claro, os grandes literatos russos como Gogol, Pushkin, tolstói o Dostoiévski. Sou apaixonada por literatura moralizadora, de denúncia social, satírico e sempre atemporal, cheio de espiritualidade e fruto das características inatas do ser humano como tal. 

  • AL: Que personagem em um livro você gostaria de conhecer e criar? 

ALICIA VALLINA: Muitos, milhares, eu não teria vidas ou tempo suficientes, nem imaginação ou capacidade suficiente para criar os grandes personagens da literatura universal como eles são para mim. Alonso quijano, o conde Drácula, Sherlock Holmes, o Corcunda de Notre Dame, Alice no País das Maravilhas, o pequeno Príncipe, Frankenstein ou claro, o magnífico Guilherme de Baskerville… Este último me fascina, eu adoraria ser seu aluno, um Adso de Melk, ingênuo e ávido por conhecimento, obviamente proibido para uma mulher comum no século XIV.

  • AL: Algum hábito ou hábito especial quando se trata de escrever ou ler? 

ALICIA VALLINA: A verdade é que preciso de um silêncio total para ambas as atividades. Gosto de estar concentrado e calmo, focado apenas na tarefa que tenho em mãos.

  • AL: Qual é o seu local e hora preferidos para o fazer? 

ALICIA VALLINA: O momento mais tranquilo é sempre o noite, mas infelizmente também a que menos gosto, porque quando chego estou sempre mais cansada do trabalho diário. Meu lugar para escrever é geralmente meu escritórioEmbora eu normalmente tome notas e escreva ideias em qualquer lugar e a qualquer hora do dia, em um caderno que sempre me acompanha ou no próprio celular, se necessário. 

  • AL: Existem outros gêneros que você gosta? 

ALICIA VALLINA: Eu gosto muito do ficção científica e a novela aventura. também os grandes clássico da literatura universal que nunca abandono e à qual de vez em quando sempre volto.

  • AL: O que você está lendo agora? E escrever?

ALICIA VALLINA: Estou lendo o romance do meu bom amigo Mário Villen intitulado Ílio, um grande romance épico que adapta a Ilíada de Homero aos tempos atuais, com uma narração tremendamente brilhante. e eu já estou terminando de escrever meu próximo romance, também editado por Plaza & Janés.

Acabo de chegar do Equador para finalizar a parte da documentação referente ao país que ainda estava pendente. E neste verão também passei duas semanas na França, no Loire, para visitar os lugares frequentados pelos protagonistas desta nova história. Personagens reais e muito desconhecidos do grande público, mas com histórias incríveisNeste caso ambientado no século XNUMX, e mais especificamente na Espanha colonial.

  • AL: Como você acha que é a cena editorial?

ALICIA VALLINA: É um panorama muito diverso e complexo. No caso de novela histórica Milhares de títulos são publicados a cada ano e o gênero, felizmente, está com muito boa saúde. As pessoas estão interessadas em conhecer o passado para enfrentar o presente com algum conhecimento e enfrentar o futuro com ferramentas úteis.

Mas é verdade que é difícil abrir caminho em um campo tão competitivo quanto a literatura. Aos poucos estamos conseguindo, graças aos meios de comunicação, redes sociais e pessoas dedicadas a dar a conhecer o nosso trabalho. Eu aprecio muito isso, pois é essencial e é uma tarefa tremendamente necessária. 

  • AL: O momento de crise que estamos vivendo está sendo difícil para você ou você vai conseguir manter algo positivo tanto no âmbito cultural quanto no social?

ALÍCIA VALLINA: A momentos de crise sempre, do meu ponto de vista, tem que ser usado como ccatalisadores para impulsionar mudanças e melhorias positivas. As crises, se as enfrentarmos com inteligência, senso crítico e humildade, podem favorecer nosso desenvolvimento pessoal, criar vínculos e redes de cooperação e promover atividades de aprendizagem. É isso que me trouxeram, mas sempre do trabalho, a vontade de continuar a esforçar-me com bom ânimo e espírito de superação e cooperação. 


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