Uma vez que o Editorial Barataria, temos esta nova edição da obra Debora, da escritora equatoriana Palácio de Paulo. É uma obra praticamente contrária aos costumes da época.
Como todos eles preenchem a memória de alguma doçura, é preciso entrar nos pressupostos, buscar o artifício, e dar ao Tenente o que ele não tinha, o primo dos romances e também da vida, que traz um cheiro fresco de marmelo. Mas a história não vai ficar aqui: tem que ser encontrada no índice de uma novela romântica e assim teremos mãos brancas acariciando cabelos loiros e que o dono desses cabelos sentiu brotar malícia em seu couro cabeludo, malícia sonolenta. Essa suposta memória, que deve estar no peito de cada homem, faz o tenente suspirar.
Pablo Palacio nasceu no ano 1906 e morreu em 1947. Ele era um escritor e advogado equatoriano. Principal precursor da vanguarda no Equador e na América Latina, foi um avanço nas estruturas e conteúdos narrativos porque sua obra quase não foi correspondida aos escritores de costumes de sua época.
Uma obra que todos os estudiosos da obra do autor poderão desfrutar, assim como aqueles que querem saber mais sobre a nascente literatura de sua época.